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segunda-feira, 22 de agosto de 2011



























foto>Kiran F Leon


foto cartaz&PB> Marco A. F.

Quiçá, se fosse...
Na década de 80, Porto Alegre passou por uma explosão criativa de grande importância. Elementos musicais vindos da música campeira gaúcha, dos folclores dos países vizinhos, da MPB e do rock progressivo dos 70, se fundiram na cidade de Porto Alegre através do trabalho de músicos locais e de outros que não eram necessariamente porto-alegrenses, mas que estabeleceram sua “central de operações” nesta cidade.
O movimento se desenvolveu rápido e profundamente e em pouco tempo já se falava de uma MPG (Música Popular Gaúcha). Não era campeira, não era urbana, não era estrangeira, ou era tudo isso e algo mais. Era Gaúcha. Alguma fórmula secreta, que só os músicos de Porto Alegre conheciam, dava às canções uma cor inequivocamente local.
Por algum motivo, cuja explicação não interessa agora, essa MPG começou a perder espaço até que praticamente não se falou mais nela. Claro que os músicos continuaram com seu trabalho, mas o estilo, se não desapareceu, perdeu força.
Em 2011, a história parece querer continuar.
O duo Quiçá, Se Fosse..., resgata aqueles elementos indecifráveis que estavam presentes na MPG e os traz para o presente. Não apresenta uma sonoridade saudosista. É apenas a agradável sensação de que a história nunca se interrompeu, de que uma música e uma poesia genuinamente porto-alegrense e gaúcha está tão viva quanto no seu início e nunca deixou de estar. Róger Wiest e André Paz são dois músicos de sólida formação que transitam livremente por estilos de música diversos e em todos se dão bem. Será isso um dos ingredientes da fórmula secreta da Música Popular Gaúcha?
Dentre as muitas sensações agradáveis que permanecem depois de assistir um concerto do duo, também está a de ter visto dois excelentes profissionais, expressando seus sentimentos com total honestidade e com absoluta eficiência. Eles não estão preocupados com rótulos, mas apenas com dizer o que acham que deve ser dito. Será isso outro dos ingredientes da fórmula secreta da Música Popular Gaúcha?
Eles sabem a fórmula completa, mas receio que não a dizem nem pra si mesmos. Apenas compõem, tocam e cantam.
Desde Porto Alegre, claro.
Sérgio Olivé
Com reflexões sobre identidade artística, baseados na culturação de um mundo contemporâneo, globalizado e bombardeado cada vez mais por diversas influências, os músicos Róger Wiest e André Paz passaram a levantar questões pertinentes ao seu processo criativo: Como criar uma coerência entre as diversas influências culturais que recebemos diariamente? Como adequar esse pensamento artístico de não se reconhecer em um só lugar? Como conceituar dois jovens músicos, gaúchos, brasileiros, que pretendem compor um baião, mas também querem compor uma balada folk, ou quem sabe um cântico com influências orientais? Ao tentar esclarecer essas questões, nasce o “Quiçá Se Fosse”, a idéia de compor canções que têm por objetivo explicar a si mesmas, sem a preocupação de definir um único estilo. Com essa opção os músicos propõem uma maior liberdade e abrangência em sua criação. Ambos estudantes de música, ao entrarem em contato com o mundo acadêmico, Róger e André perceberam que suas questões e dilemas estéticos eram mais pertinentes do que pareciam. Todo artista busca, em si ou no mundo, algo que lhe dê sua “voz autoral”: aquela estética, ou conjunto de características artísticas que o definem como autêntico. Mergulhados em um mundo culturalmente bombardeado, os músicos perceberam que o fato de simpatizarem com variadas estéticas talvez fosse o caminho inicial para desenvolverem a sua própria voz autoral. Ritmos brasileiros, ritmos latino americanos, escalas orientais, instrumentos africanos, internet, cinema, literatura, teatro, e tantas outras fontes culturais serviram de ponto de partida para o processo de composição do material que obedecia somente a um critério: não se comprometer com uma só estética. As músicas selecionadas para este projeto são parte de uma longa caminhada percorrida pelos músicos André e Róger, que há muito vêm praticando a composição de música com letra. Durante todo o processo de criação, essa diversidade esteve ligada de uma maneira tão forte que resultou em um repertório coerente, onde as canções sugerem imagens e ambientações, ora misteriosas, ora divertidas, e onde aquilo que se diz é adequadamente amparado pela estrutura musical. Isso levou esses compositores a fazer uso de diferentes instrumentos, como chocalhos, bombo, udu, ukelele, violão, baixo, vozes, efeitos eletrônicos e acústicos, entre outros. E muitas vezes alguns deles são tocados simultaneamente por um único integrante, agregando um caráter performático às músicas.
www.quicasefosse.blogspot.com

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