Ana Amélia Metsavaht volta a expor seu universo encantado em Porto Alegre
Após
uma ausência de 25 anos do circuito cultural de Porto Alegre, a artista
plástica gaúcha Ana Amélia Metsavaht
volta a expor no Rio Grande do Sul, na LA PhOTO Galeria . As 20 obras da mostra compreendem três séries
desenvolvidas através de técnica mista: “Cities”, uma leitura pessoal da beleza
do Rio de Janeiro, cidade onde reside atualmente, “Enlighted”, inspirada na
essência da beleza da bondade humana e da criação artística, e “Fibra”, na qual
a artista cria livremente com os contrastes e as possibilidades de materiais.
Com
curadoria de Renato Rosa, a
exposição Ana Amélia Metsavaht apresenta uma artista em busca da essência
do belo em seu estado mais puro e delicado. Os trabalhos exibidos foram
desenvolvidos em tinta acrílica e colagem sobre tela. “É a técnica com a qual
mais me divirto”, explica Ana Amélia.
Em
“Cities”, a artista interpreta de maneira pessoal os encantos visuais do Rio de
Janeiro, cidade que escolheu como nova residência após ter vivido durante anos
na Europa. “Quando eu cheguei ao Rio de Janeiro, eu estava tão impressionada
com a beleza de tudo... Tudo era lindo pra mim: o mar, o sol, as montanhas, o
Museu de Arte Moderna, tudo”, conta. Nessa série se vêem as paisagens que a inspiraram.
Estão nelas as praias, as comunidades, as árvores, as palmeiras, a lagoa, tudo
a partir de seu olhar. E existe uma razão simples para essas imagens terem sido
transpostas para suas telas: “Eu fiz para exaltar a beleza desse nosso Brasil”,
revela.
As
telas de “Enlighted”, por sua vez, tem origem em duas grandes inspirações.
Assim como a exuberância das formas do Rio de Janeiro provocou na artista o
desejo de criar, outra beleza despertou-lhe o mesmo ímpeto, mas dessa vez imaterial,
subjetiva e, acima de tudo, sensível. “Enlighted” capta a essência da beleza da
bondade humana e da criação artística. “As pessoas boas, que fazem a vida ir
para frente, são iluminadas", comenta.
Em
“Fibra”, Ana Amélia Metsavaht faz uso de novo componente para criar,
contrastando tanto cor – o branco da fibra com as tonalidades térreas das
tintas: marrons, amarelos e laranjas – como as texturas do material sobre suas
pinceladas.
Nas
palavras de Paulo Gasparotto, os
trabalhos da artista “transmitem sensibilidade e senso de harmonia, assim como
o entusiasmo pela natureza e suas múltiplas formas”. Para o curador Renato Rosa, Ana Amélia Metsavaht, nas três séries que compõem a exposição,
apresenta “um jogo de sutilezas cromáticas ao qual não lhe escapa um toque de
alegria, mas que também não abre mão de mistérios e encerra enigmas. O mesmo
ocorre em suas composições abstratas e a pesquisa com a inserção de novos
materiais”.
A artista deu uma prévia do que vem produzindo nos
últimos anos com a participação, com uma obra inédita, na mostra coletiva realizada
no mês de outubro no Paço dos Açorianos, em Porto Alegre. Ana Amélia Metsavaht, a
exposição, desvenda mais a fundo o universo encantado criado pela artista.
Exposição Ana
Amélia Metsavaht
Curadoria Renato
Rosa
Texto de apresentação Paulo Gasparotto
Período 29
de novembro a 22 de dezembro de 2012
Local La Photo – galerialaphoto.blogspot.com.br
Travessa
da Paz, 44, Brique da Redenção – Porto Alegre
Tel.
(51) 3221-6730
Horário terça a sexta das 10h às 19h,
sábados das 10h às 16h
Nº de obras 20
Técnica técnica mista
Dimensão 80 x 80 cm a 150 x 150 cm
Preço R$ 6.000,00 a R$ 12.000,00
Ass. Imprensa - Balady
Comunicação - Silvia Balady/ Bruno Palma
Tel.: (11) 3814.3382 – contato@balady.com.br
A artista
Ana Amélia Metsavaht é nascida no Rio Grande do Sul, morou
na França durante 12 anos e reside agora no Rio de Janeiro, inspiração de
grande parte de seus trabalhos. Já expôs individualmente em Caxias do Sul,
Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo e também na França e no Uruguai, além
de já ter participado de mostras coletivas em diversas cidades do Rio Grande do
Sul e da França e também em Londres.
Travessia Pictórica.
O universo pictórico de Ana Amélia
Metsavaht é composto de poesia e de uma absoluta (e pura) delicadeza. Seriam
suas cidades inventadas, ou elas não passam de fragmentos da memória? Urdidas
numa bem tecida trama de cores e texturas elas se desenham frente a nosso olhar
indagador: pequenas edificações seriais, grandes edificações ritmadas,
povoações iluminadas. Cidades adormecidas. Cidades despertas. Luzes e sombras.
Gente escondida, sonhos imersos em solidões noturnas. É um jogo de sutilezas
cromáticas ao qual não lhe escapa um toque de alegria, mas que também não abre
mão de mistérios e encerra enigmas. O mesmo ocorre em suas composições
abstratas e a pesquisa com a inserção de novos materiais.
Após um longo período de vivência
européia, a artista, um dos jovens valores lançados na década de 1980,
reapresenta-se sem eu estado natal. E traz essa rica bagagem pictórica, fruto
de suas observações pelo mundo e particularmente pela luminosidade carioca, já
que vive e trabalha no Rio de Janeiro.
É uma surpresa - envolta em muita
coerência - para quem lembrar-se das obras do início de sua carreira.
Efetivamente o espectador notará grandes avanços criativos, mas também
perceberá passos anteriormente percorridos (uma fidelidade a certas cores, o
negro em particular), nada que a desabone, ao contrário... é um momento que
Fernando Pessoa diria ser “o tempo de travessia”.
Sua base de antes é a segurança de
agora.
Renato Rosa
2012
Curador
Coautor do
“Dicionário de Artes Plásticas no Rio Grande do Sul”.
Ana
Amélia Metsavaht
Falar a respeito de Ana Amélia Metsavaht
é prazeroso pelo encantamento despertado desde os nossos primeiros encontros
ocasionais em Caxias do Sul, na companhia dos pais, Maria Amélia Fossati Metsavaht
e Renato Metsavaht, e em Porto Alegre. Depois, tive notícias de sua vivência na
Europa e o retorno para o Brasil, com sua mudança para o Rio de Janeiro.
Ao me deparar com as imagens de suas
primeiras obras, constatei que transmitiam sensibilidade e senso de harmonia,
assim como o entusiasmo pela natureza e suas múltiplas formas. Seu olhar sobre a
paisagem carioca, com exuberância de colorido e relevos, resulta em telas
trabalhadas com pinturas e colagens que traduzem poesia para os olhos.
Interpretou, também magistralmente, a plasticidade da paisagem urbana,
evidenciando as favelas, item marcante da vida cotidiana do Rio.
Dupla satisfação pessoal em acompanhar Ana
Amélia na apresentação de seus trabalhos na galeria La Photo, cujo espaço e
estilo me entusiasmam.
Paulo Gasparotto
2012
Nenhum comentário:
Postar um comentário